Depois de um dia muito, muito difícil é bom chegar aqui a este nosso canto e sentir que não estou sozinha. Gostava de pedir aqui aos meus amigos Eduardos que, se por algum tempo eu ficar impedida de vir aqui, não deixem este espaço morrer. Porque isto é como um grande amor que eu criei e sei que tem que ser alimentado todos os dias. Transformado de vez em quando, para lhe dar outra alegria, para crescer um pouco mais como todos os amores deviam fazer, em vez de definharem, como é usual acontecer.
Ontem falei com o Eduardo António que diz que é por absoluta falta de tempo que tem estado ausente. Mas há-de perceber que para viver é preciso tempo, amor, amizade, alento e não uma quantidade de empresas falidas que ele teima em pôr a funcionar... e consegue, eu sei. Mas a que custo amigo? Achas mesmo que vale a pena uma vida assim? Tu é que sabes, mas já sabes que a minha ideia de África continua de pé, exactamente porque não quero essa vida de corre corre que tu tens, que quase toda a gente tem na Europa. Sem tempo para nada do que gostam de fazer. Confessa lá: há quanto tempo não lês um livro? Há quanto tempo não tiras umas férias para te enfornares em casa a ler de manhã à noite, como fazias aqui há uns anos? Que estás a fazer da vida que te resta? A salvar empresas falidas? Pois para salvar prefiro ir para África ajudar... a miséria e a dor são mais compensadoras que empresas falidas e postas a funcionar.
Por isso espero ver-te em breve por aqui. Sei que tens muitas coisas bonitas para contar, como as que me contas quando arranjas o tal tempo para estares comigo: é pena ser tão poucas vezes no ano. O Pedro ontem queixou-se do mesmo... Olha que a amizade é preciosa demais para ser trocada por empresas... ainda se fosse por poesia!
Por falar em poesia, tenho uma copia da poesia que fizeste pensando em mim na minha secretária de trabalho. Hoje foi um daqueles dias em que tive que lhe pegar... não te admires: a pieguice às vezes faz-me um bem!
E pronto. Hoje foi dia da mulher. Ganhei um sms e uma flor. A flor esqueci-a no comboio, quando acordei assarapantada na estação de Oeiras com o comboio quase a partir. Paciência. Ficou a intenção que é o que mais importa... E depois, só me sentirei realmente realizada quando criarem o dia internacional da gaja! Isso sim! Não sei bem, mas não me parece que vão oferecer-me flores no dia internacional da gaja!. Olha amigo, não te chateies... já sabes que eu gosto de brincar e agora com as válvulas na cabeça a modos que avariadas, isto vai de mal a pior.
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