21 março, 2007

Dia da Poesia, da... e da...


É dia da poesia, da árvore e o primeiro dia da Primavera deste ano da graça de 2007. Árvores e Primavera são com o meu colaborador (não gosto desta palavra, cheira-me a polícia política), por isso mudo para parceiro de escrita, Eduardo Aleixo. Ele é o homem da natureza. Sabe de campo e sabe de mar. Eu só sei mesmo é de mato... e de poesia... que de resto ele sabe também muito mais do que eu!
Estive a conversar com a minha queridíssima, cada vez mais queridíssima Lena, com quem voltarei a estar na próxima terça feira (se não houver imprevistos de última hora, amiga, tomara que não), e quero levar-te, juntamente com os cartões que me pediste esta postagem com esta pequena estória, que ilustra bem a minha urbanidade com cheiro a mato...
Andava eu pelo antigo 5º ano do liceu e em vez de uma redacção num teste, escrevi uma poesia... foi há muito tempo, no tempo em que os animais ainda falavam, passou-se em Luanda no Liceu D. Guiomar de Lencastre, mais conhecido por Liceu Feminino, apesar de, nessa altura, já ter sido transformado em liceu misto.
A professora, de quem não me lembro o nome mas de quem não esqueço a alcunha, "Tomásia" e a arte de ensinar, gostou muito da poesia (nem sequer me lembro sobre o que falava), e mostrou-a na sala de professores às colegas... Acontece que por essa altura eu já me interessava muito mais por literatura e política do que por Ciências. E nunca me interessou saber de que era feita uma flor. Por isso, quando a professora de Ciências me disse que não entendia que uma pessoa que escrevia poesias tão bonitas não gostasse de flores, tive que lhe explicar que para mim basta olhar uma flor e ver que é bela. Não estou interessada na maneira como ela é feita: basta-me que seja bela. Foi isto que eu respondi à professora de Ciências da Natureza. Para fazer um poema sobre uma flor não preciso de saber quantos estames tem. Só preciso que ela desperte em mim o sentido da poesia.

1 comentário:

Unknown disse...

Afinal ela sabe de estames.De corolas. De androceu. De gineceu.
Mas, porra, como diriam os meus compatriotas, ela, a donzela, sabe da poda: o que interessa mesmo é a flor, o amor, a dádiva, a entrega sem medos, que os insectos chegaram com as intenções dos beijos, que nºao fazem nmal a ninguém. Não esquelçamos que +e Primavera.