20 fevereiro, 2007

O dono do paraíso


Mais um Carnaval chega ao fim e mais uma vez Alberto João é rei no seu jardim. O homem tem uma prática tal de carnavais que nem precisa de desfilar. Até acho que este ano é mais rei do que nunca. Pois claro...
E é bem feito. Para quem lhe deu rédea larga todos estes anos. Bem sei que não será fácil trazer um animal daquela qualidade pela arreata. Eu bem sei: ele escouceia, resfolega, agita-se... Mas é como diria o meu amigo Christian, um "boer" dos tempos áureos, depois dos 12 anos já é tarde para pôr rédea curta a uma mulher... Eu acho que o Alberto João não o puseram na linha aos 6 anos, pronto! Deu no que deu. O rapaz era precoce...
Começaram a achar graça ao que o menino dizia e ele achou que era mesmo uma "estrela". E foi assim que carnaval após carnaval, o nosso menino cresceu: fazendo dos intervalos do Carnaval, um carnaval constante em que ele manda e desmanda. Um verdadeiro rei: do carnaval e do jardim em que nasceu e que ele quer fazer-nos acreditar que quem lá vive é que lá manda. Só que no seu íntimo o menino Alberto João, sabe que o jardim foi um local criado por deus só para seu prazer e deleite. E que ele é o único habitante do paraíso: os outros estão lá só porque se não estivessem, em quem mandaria ele?

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