15 fevereiro, 2007

BLOCO DE ANOTAÇÕES

Depois da batalha naval do aborto, apetece descansar. A coisa foi dura. Nem me apetece falar de outras coisas, a não ser aquelas que estão a bater à porta da minha alma: as do silêncio, do amor e da poesia. Para quê falar do Salazar e do amor que, pelos vistos, o bom povo de Abril, intimamente lhe dedica? Para quê falar da vergonha que é ver o nome de Mário Soares enxovalhado, mesmo que no âmbito de um programa de entretenimento? Não estou para ai virado! Mesmo que estivesse! Isto está de uma maneira que pessoas, como eu, sem interesses políticos, embora curiosas e atentas, e que gostam de analisar o mundo, com isenção, nunca acertam, enganam-se quase sempre, por mais informados que estejam. Por exemplo: quem sou eu face à sapiência de um Marcelo Rebelo de Sousa? Ainda outro dia fiquei banzado quando o ouvi dizer na TV que a viagem de Sócrates à China tinha sido um êxito! Confesso que me desiludiu!. O homem deve ter alguma coisa a ganhar com aquela afirmação. Os motivos por que acho que ele se engana já os escrevi no blogue. Quem tem razão para mim é o Vasco Pulido Valente: é de uma lucidez terrível. Como toda a lucidez. E o tempo vai certamente dar-me razão. Claro que ele, Marcelo, fica com a sua, e eu, com a minha. Também falar de Fátima Felgueiras, não vale a pena: acho que é melhor esperar. Se no fim do julgamento se provar que houve responsabilidades suas no processo de financiamento do PS através de negócios com a autarquia, então será caso para falarmos de que algo de muito importante está a mudar em Portugal. O mesmo se diga do processo Casa Pia. Idem para o caso Apito Dourado. Basta de conversas. E de análises. O diagnóstico está feito. Esperemos.. embora criticamente, com muita atenção à propaganda... pela terapia. Enquanto ela não vem, vou falar das coisas de que mais gosto na vida: o Amor, a Amizade, a Poesia e o Silêncio.....

Eduardo Aleixo

1 comentário:

Maria Eduarda disse...

Sem dúvida uma boa opção. Neste blogue cada um fala do que quer quando quer... é a democracia vivida em pleno. Mas por aqui também se vive... de verdade!