Paulo de Macedo, Director Geral dos Impostos, mandou celebrar uma missa de acção de graças aos seus funcionários!Desconheço se o fez na qualidade de funcionário do Estado ou se o fez a título particular. Imagino que perante esta questão ele dirá certamente que o fez a título particular!. Seja como for, a ideia que passou é a de que foi ultrapassado o limite da separação saudável entre a Igreja e o Estado, entre o sagrado e o profano. Uma conquista que levou tantos e tantos anos a conseguir pelos povos amantes da liberdade, e que é considerado um baluarte da vida civilizada, tanto por crentes, como por não crentes do nosso mundo ocidental, eis que, nos tempos que correm, e indo ao encontro de não sei que propósitos e passando pelo espectáculo dos media, dá o flanco, criando uma sensação desconfortável de arrivismo, com laivos de fundamentalismo, embora pontual...
Meus amigos, sempre me fez muita confusão que não fosse seguida pela Igreja, na sua plenitude, a palavra de Jesus, quando sabiamente proclamou: A Deus o que é de Deus e a César o que é de César. A confusão entre os dois mundos, o mundo laico, material, e o mundo espiritual, sempre foi coisa que me arreliou, desde pequenino. Imaginem se a moda pega: as missas que não poderiam se rezadas a título de tanta coisa!. A Igreja, que devia ser o garante da vida específica do Espírito, permite tal cosa!!. Acho isto uma vergonha,embora não esteja aqui a defender seja quem for. Esta questão para mim não é pesoal, mas de saúde e equilíbrio para a vida em sociedade...
Mas há uma coisa com que tenho, isso sim: é que o Sr. Paulo Macedo possa continuar a ganhar mensalmente mais do que a Lei prevê, e que se confina no limite que é o ordenado do Sr. Primeiro Ministro. Não me incomoda que o Sr. Director das Finanças ganhe muito, não, nunca fui pelo nivelamento por baixo. Com o que não concordo é que ele possa continuar a ganhar à margem do que a lei prevê. E custa-me imaginar sequer que o Governo, para o manter em funções, possa levar a cabo alguma engenharia jurídica, atendendo a que não será engenhoca impossível de fazer. O que eu acho é que na Administração Pública há gente muito competente para o exercício do cargo, caso o Sr Paulo Macedo não tenha a humildade suficiente para aceitar um salário mais baixo, única maneira de a legalidade ser reposta. Também acho que tal privilégio nunca foi dado a quadros técnicos da casa do Estado, nem as benesses técnicas e logisticas de que hoje o Sr Director Geral dispõe para atacar as suas terefas, não podendo assim afirmar-se com rigor e moral que não existem outras pessoas igualmente capazes...
Eduardo Aleixo
1 comentário:
Completamente de acordo contigo. Agora hás-de compreender que o homem a ganhar o que ganha, devia mandar rezar missas diariamante para manter o chorudo ordenad. Só espero que o preço das missas não saia também do meu bolso, logo eu que souu ateia e agnóstica de nascença!
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