21 dezembro, 2006

Universo ao meu redor


O poema que o Eduardo nos dedicou a todos, porque no fundo todos nós gostamos de uma ou de várias pessoas, logo todos temos uma estrela no céu (ou no mar), fez-me lembrar o planeta Vénus que aprecio de modo especial. Um dia destes, já depois do sol posto, estava à janela a olhar o mar e lá estava ele, aquele pontinho de luz que gosta de se fazer passar por estrela e que é realmente encantador como uma estrela, sobretudo quando se mostra assim: sem medo, sem pudor, num céu alaranjado sobre o mar. Ou de manhã cedo... é realmente um universo tão fascinante, este em que vivemos, que custa a perceber porque é que as pessoas o gozam tão pouco... porque se preocupam tanto as pessoas com coisas que não têm qualquer significado e custam rodos de dinheiro quando têm à mão de semear um universo inteiro para descobrir, todos os dias.
Um universo, que tal como uma sedutora mulher, se apresenta cheio de mistérios, mudando de aparência a cada instante. Porque é que as pessoas não olham à sua volta?. Porque se fecham em centros comercias quer chova quer faça sol? Há algo que se possa assemelhar à beleza do mar ou do campo, de um dia de sol ou de tempestade, de um céu limpo ou cheio de nuvens que se vão mostrando quais desenhos infantis aos nossos olhos, mudando de forma, mais claras ou mais escuras... quem souber de alguma montra que mostre algo que tenha uma milésima parte do que me mostra o universo todos os dias, que o aponte... hei-de arranjar um prémio a sério para quem apresente tal descoberta.
Quantos dos meus colegas param de trabalhar uns minutos para observar as pombas que pousam nas nossas varandas e nos olham com curiosidade? Será que já se aperceberam que há uma pomba que pousa todos os dias na minha varanda e me observa com toda a atenção? Pois essa pomba faz parte deste universo maravilhoso de que vos falo, e que está o dia inteiro connosco, mesmo quando trabalhamos no centro da cidade de Lisboa, onde aparentemente só existem edifícios. Aparentemente... porque se olharem com atenção o céu está lá, limpo ou nublado ou de chuva... as pombas estão lá... e às vezes até gaivotas aparecem... Pois é, eu sei! Nunca viram. Mas vão passar a ver se se lembrarem que esta vossa amiga vos disse que esse universo existe de verdade e não está à venda... nem à mostra em qualquer montra de loja.
Nota: (A foto extraordinária acima é de Rui Horta)

2 comentários:

Unknown disse...

Inteiramente de acordo.
Pois fique sabendo, minha menina, que as pombas a que se refere, são as que todos os dias poisam nas janelas do seu emprego, que era também o meu.
Interrompi muitos pareceres, muitos pensamentos inportantes, porque relacionados com a vida profissional, porque a filha de Vénus, isto é, a esrtrela da manhã, como o povo sabe, isto é, a pomba, todas as tardes me vinha visitar, mentira, não a mim, não a ninguém, mas aparecia para ser vista, por quem tem olhos para ver...E eu, isso posso dizer, tenho, pelo menos paa estas coisas, a que não se liga importância, que são as pombas.Por acaso, uma vez, levantei-me do meu gabinete e disse, não importa onde, nem a quem, entusiasmado, algo sobre as pombas...Mas ficaram a olhar para mim e eu snti-me muito mal...Hoje, como é a vida!, teria ido falar com outras pessoas...
Quanto à foto, de Rui Horta, é linda.

EA

Maria Eduarda disse...

Pois... eu sei como te olharam. Sei como me olhariam... olho as pombas que me visitam... não apenas para serem vistas: como nós, elas gostam de olhar. Eu sei. Leio nos seus olhinhos! Quanto ao resto tiveste azar. Há ali gente que se entusiasmaria com o que disseste! Que se entusiasma como nós! Podes estar certo amigo!