Começo por dizer que não li o livro.O que sei dele é o que tenho lido na imprensa e visto na televisão.E isso chega-me para dizer algumas coisas.
A primeira, é que detesto ver alguém escrever um livro, por despeito, com o objectivo de vingar-se de outrem, com quem viveu na intimidade.Em face de livros assim não costumo perder tempo nenhum, como já não perco,aliás, com muitos outros, que se dão à estampa, sem valor litarário, apenas tendo o propósito de satisfazer a vaidade de pessoas, que se sentem felizes por aparecerem nas revistas, jornais e televisão.
Este também obedece certamente ao desejo que a Carolina Salgado terá de continuar a ser notícia, já que deixou de o ser, após a separação de Pinto da Costa.
Mas o que penso,à luz do que tenho lido e ouvido, é que estamos perante um caso em que obrgatoriamnte vou abrir uma excepção.
E vou abrir uma excepção, não é por causa dos olhos da autora do livro, mas sim porque o seu conteúdo é indubitavelmente a mais demolidora acusação que se faz a um homem, sobre o qual incidem as maiores suspeitas de corrupção, desde há muitos anos, em Portugal, e que conseguiu, sempre,até hoje, driblar todas as tentativas de ser julgado.
Porque,principalmente,não é só o Sr Pinto da Costa que está em causa nas sérias acusações que o livro contém.
O que está em causa é também o poder judicial deste país e a nossa classe política.
Estas as razões por que convém, a meu ver, acompanhar com atenção, não o livro, mas as averiguaões que, ao que paece, se vão iniciar a partir do mesmo.
Sera irónico que fosse por causa de um livro escrito por uma mulher despeitada que pela primeira vez um processo, como o do Apito Dourado, fosse reaberto, e a corrupção, instalada no futebol, no meio judicial e político, pudesse ser definitivamente julgada, como já foi noutros países.
Eduardo Aleixo
1 comentário:
Não poderia estar mais de acordo. Penso que é impossível (até porque tanto o poder judicial, quanto o político, quer a instituição futebol já estão tão desacreditados)o processo "Apito Dourado" não ter um julgamento, sob pena da própria democracia estar ela mesma em causa.
Enviar um comentário