12 dezembro, 2006

ÂNSIA


POEMA


Ânsia de cantar, sem distracção.
De fugir, mas sem trair.
De amar, sem naufragar.
De dançar em liberdade:
O corpo
Quente
Ardente
Contente
De ser gente
No meio da gente...


Oh, Deus, que as minhas palavras sejam belas,
Mas que sejam úteis.


Que os passos que dê sejam como arados
Na terra grata de grãos pesados.


Que diga flor
Com mãos de amor
E de suor.


Que diga amada...
E que o vento trema de emoção
E que o sol fique cheio de inveja!


Eduardo Aleixo