José Saramago faz hoje 84 anos. Parabéns. Continua a escrever, lúcido, capaz. É um homem novo. Encontra-se a esta hora na sua terra natal, Azinhaga, no Ribatejo.
São pois várias as linhas que me levam a Saramago.
Admiro sobretudo a sua capacidade inventiva. No Memorial do Convento, mistura história e ficção. Mas por exemplo no "Ensaio sobre a Cegueira" ou no "Ensaio sobre a Lucidez" a ficção é absoluta. Onde é que ele vai buscar inspiração para escrever estas estórias? E todas as outras. Confesso que li todos os livros dele e só não "adorei" "A Caverna". Talvez porque o tenha achado menos poético que os outros. Porque Saramago põe poesia no que escreve, mesmo quando fala das coisas amargas da vida. Ele fala de sentimentos, de emoções, de tudo o que nos enche a vida: o bom e o mau.
Saramago é ribatejano. Eu não. Mas todos os meus ancestrais o são, quer do lado do pai, quer do lado da mãe. Quer dizer, o meu avô materno teria origem francesa ou alemã, e o paterno era mesmo de Lisboa. Mas o lado feminino da família é ribatejano. Se bem que eu desconfie de umas misturas sanguíneas com africanos, tendo em atenção as feições de algumas mulheres da família.
Como eu, Saramago é escorpião de signo. E não conheço outro signo que aproxime tanto as pessoas. É como uma marca! Tenho imensos amigos do signo. E damo-nos todos muito bem. É uma das coisas que está também na nossa natureza. Quero com isto dizer, que os escorpiões não têm apenas aquele lado mau, que os leva a "morder a mão que os alimenta". Só mordem essa mão se tiverem razões fortes para o fazer.
Como escorpião gosto de gente. Gosto de fazer amigos, gosto de conhecer gente e gosto de me dar a conhecer. É claro que, como todo o escorpião que se preza, há um lado que o pudor não permite mostrar, senão aos amigos do peito... e mesmo assim há coisas que guardamos mesmo só para nós.
Mas hoje há uma alegria que quero partilhar com todos: os meus colegas ofereceram-me um desenho lindíssimo do Kalimero! Porque eu não gosto de festejar o meu aniversário e fico sempre muito abatida nesse dia. Mas hoje já é outro dia. E como a minha amiga Lena me ofereceu um cachorro que baptizei de Oskar (com acento no a), nunca mais me sentirei triste. Porque tenho ali a demonstração do carinho e amizade dela e de todos os que me rodeiam no dia a dia!
Obrigada por existirem e fazerem parte da minha vida. Para todos o meu amor.
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