26 outubro, 2006

Precisamos ser amados...

Sempre disse que sou uma mulher de sorte. Até quando o "azar" me bate à porta"... é que eu sei que há em todas as coisas que me acontecem um lado bom.
Quando era muito nova não era capaz de ver esse lado bom tão facilmente quanto hoje. Mas nada como a experiência. A gente treina tudo na vida. Basta querer.
Pois sou uma mulher de sorte: porque nasci no seio de uma família que se desentende a todo o momento mas que se ama. Uma família onde existem pessoas com os mais diversos pontos de vista, onde tudo se discute acaloradamente. No fim, cada um fica na sua. E todos têm razão!
Sou uma pessoa de sorte porque tenho conhecido pessoas fantásticas (um dia destes conto como tive uma tarde de conversa com o Professor Agostinho da Silva, sem saber quem ele era...). de algumas fiquei amiga, de outras a vida despediu-me, por partidas várias... partidas, quero dizer idas... para outros pontos do globo ou para outros universos.
Mas ficaram alguns muito bons. Quero dizer: todos os que me restam são muito bons!
Gosto de estar só. Mas também gosto de estar com os amigos. É por isso que este meu tempo é tão importante para mim. Porque alguns dos meus amigos me visitam regularmente por aqui. Quem escreve precisa de se sentir amado. Ouvi há pouco António Lobo Antunes dizer qualquer coisa como isto, há pouco, a propósito do lançamento do seu novo romance "Ontem não te vi em Babilónia". parece até que me ouviste António. Eu estava mesmo precisada de um novo romance teu! Tu que não ganharás jamais o prémio Nobel da literatura, mas que ganhas "o meu Nobre" todos os anos. Porque te amo.
Escrever é sempre um acto de amor. Provocado por algo ou por alguém que nos impele! É por isso que é tão importante saber que há alguém que nos lê. Porque se alguém o faz é porque somos amados...
Quero deixar aqui os parabéns aos meninos Eduardo Aleixo e São Ribeiro que fazem anos hoje. Acabo de falar com o Eduardo e tenho boas notícias: ele aceitou o meu convite para escrever como bloguer aqui no "meu tempo..." que é cada vez mais o nosso tempo. E a São está bem melhor e há-de ouvir-me cantar-lhe os parabéns por muitos anos! Um abraço muito apertado para os dois!
E um abraço também para o António Lobo Antunes. Obrigada por mais este romance. E fica sabendo: eu amo-te!

4 comentários:

Anónimo disse...

Gostava muito de dar os parabéns à São, mas não tenho o seu contacto.
Peço por isso à Fatita ou à Eduarda que me enviem o telefone dela.
Obrigado.
Bom fim de semana.

Anónimo disse...

Desde que li "Os Cus de Judas" que me apaixonei pela escrita do António Lobo Antunes, uma escrita que não é fácil, que exige cuidado, tempo.
Há escritores, há livros que se lêem de um fôlego, sôfregamente, outros que se saboreiam ....

Anónimo disse...

Eduardo
Como não tenho outro meio de o contactar, prefiro que seja a Eduarda a dar-lhe o número da nossa amiga São.
Bom fim de semana

Unknown disse...

Miguel Sousa Tavares devia ler estas lindas palavras da Eduarda.
Devia ler o seu blog. O nosso blog.
Aqui... tudo é transparente.Todas as pessoas que aqui escrevem dizem quem são.
Têm um nome.
As pessoas que aqui escrevem não são génios, claro, mas não são seguramente medíocres.
Eu sei que o Miguel, por ter sido acusado, injustamente, de plágio do seu lindo romance, o " Equador ", por parte de um blog anónimo e de gente raivosa/invejosa, estava amargurado. É compreensível.Tem toda a minha solidariedade.Já que o respeito e a admiração que tenho por ele, como jornalista e escritor, já existiam.Assim como os mesmos sentimentos nutro pelo pai dele ( já falecido ), que era um brilhante prosador no antigo jornal, a " Capital". E da sua mãe, Sofia, poetisa do Mar, nem falar...
Mas que generalize, e que ache que todos os blogues são de gente medíocre e frustrada... não posso deixar isto em branco ( como simples colaborador deste espaço e " Tempo") , porque é injusto...
Mesmo sabendo que o Miguel não vai por certo ler estas sentidas e humildes palavras escritas num blog... com classe.
De gente Grande.

Eduardo Aleixo