24 outubro, 2006

Já ninguém nos pode parar.

Bem... a despeito da chuva, almocei com a Maria Helena. E foi tão bom estarmos juntas, ainda que apenas por duas horas. Foi tão bom que já marcámos novo almoço para a próxima semana. E agora já ninguém nos pára!
Falámos de nós, das nossas vidas, dos filhos, dos meus netos, das alegrias e tristezas que a vida nos tem oferecido. Falámos muito dos homens das nossas vidas. Rimos ao falar nisso... acho que a cerveja chinesa nos ajudou a soltar a língua. Mas o que eu gosto desta alentejana! O que eu já partilhei com esta mulher, tão pequena e tão grande! Quantas vezes os seus olhos azuis encontraram os meus olhos castanhos, sem ser preciso trocar uma palavra! Querida amiga! Nunca mais estaremos tanto tempo sem nos falarmos, sem nos tocarmos, sem nos olharmos olhos nos olhos... Por mim, isso jamais voltará a acontecer e acho que por ti também não, a não ser que mudes de vez para o Redondo. Mas aí, vou lá passar uns fins de semana, dar-te colo e recolher o mesmo colo!
O que me uniu tanto assim a esta professora primária que nunca exerceu a sua profissão, porque na altura em que fez o Magistério os professores ganhavam tão mal, que ela se viu obrigada a aceitar um emprego como escriturária?... é verdade. Era assim! Os professores eram mesmo muito mal pagos até há cerca de 30 anos, talvez até menos... Pois o que me uniu à Maria Helena foi o gosto pela leitura. É realmente quase sempre o polo de atracção entre mim e os outros. Não quer dizer que não tenha amigos que nem gostam de ler. Até tenho amigos que não gostam de nada do que eu gosto. Mas gostam de mim e eu gosto deles! E é quanto basta...
Quero aqui contar uma coincidência (mais uma) que aconteceu comigo e com a Maria Helena... Há dois anos encontrei-a. Tinha acabado de ir comprar a viagem de lua de mel que decidira oferecer ao meu filho e à minha nora. Palavra puxa palavra diz ela que o filho dela que como o meu se chama Rui, também ia casar. Continuando a conversa concluímos que casavam no mesmo dia. Mais duas palavras e chegámos à conclusão que as bodas de ambos seriam celebradas na mesma quinta! E foi assim que, fez ontem dois anos partilhámos os casamentos dos nossos filhos mais velhos! Não acredito em coincidências. Mas lá que as há...
Pois foi um dia bem feliz! Bem chuvoso! Bem ventoso! Com um mar bem alterado. Está lindo o mar... como gostava que o vissem agora! E como gostava que estivessem todos tão felizes quanto eu!

1 comentário:

Anónimo disse...

Pudemos todos testemunhar a tua felicidade, os teus olhos brilham, ficas agitada e tranquila ao mesmo tempo, ficas mais ousada...é bom ver-te assim, contagias os outros!