11 outubro, 2006

Há sempre alguém...


Está assente: aqui todos nos tratamos por tu. Está assente: temos um assesor especialista em sonhos, pelo que, façam o favor de expôr os sonhos à análise do Eduardo Aleixo.
Aqui entre nós, Eduardo, essa do papagaio, não terá a ver com a estória que te contei do papagaio congelado? Olha que a estória é verídica. Bem sei que qualquer um que oiça a estória será levado a pensar que a inventei. Mas acontece que tenho várias testemunhas. Ainda hei-de pensar na maneira de contar aqui a estória do papagaio sem envolver ou magoar quem quer que seja.
É dia 11. Um pequeno avião ou helicóptero embateu num edifício residencial em Nova Iorque. A SIC abre o telejornal com a notícia e passados 40 minutos a notícia era ainda a mesma... sem intervalos. Foi acidente? Então porque é que se gasta tanto tempo num directo que mostra um incêndio de um prédio em Nova Iorque? Cansei-me... fui tomar um duche e vim para aqui. Para o meu tempo. Para o meu espaço. Junto dos meus internautas preferidos.
No dia 7, na Rússia, foi assassinada uma jornalista. Aqui há a certeza de que não foi acidente. A falta de vergonha foi tanta que nem simularam uma morte acidental... O governo do senhor Vladimir Putin não gosta de quem diz a verdade. Não gosta de quem bisbilhota os seus escusos e escuros negócios. Em 10 anos foram assassinados 40 jornalistas na Rússia. Vendo bem, talvez nem sejam muitos. 4 por ano. 1 de 3 em 3 meses. Isto para quem gosta de números... só para dizer que por muitos jornalistas que sejam mortos na Rússia sempre haverá alguém que denuncia atrocidades e negócios escusos. Haverá sempre quem não se vergue!

2 comentários:

Anónimo disse...

Anna Politkovskaya sabia que a sua morte podia acontecer no virar de qualquer esquina daquele regime em que Putin é um lacaio ao seviço das Seitas.
As Seitas.São elas que mandam na Rússia.
As Seitas são um poder globalizado, cujos tentáculos corrompem cada vez mais poderes no mundo.
As Seitas vivem do tráfico de armas, drogas, seres humanos, prostituição, especulação financeira, negócios...
É um poder sem limites, invisível, que se esconde atrás da máscara da democracia e das suas normas formais.
Mas mata e ninguém prova nada.
Dá jeito: o Poder Oficial dirá: tudo fizemos, mas a corrupção é algo de complexo...
Anna sabia, mas era mais forte do que ela lutar pelos seus ideais.
Morreu, como muitos morrem e deixam o mundo mais pobre.
O mundo, cada vez mais entregue a jornalistas de hotel de 5 estrelas,perorando demasiado tempo, on-line, mediaticamente sobre efeitos mediáticos.
Descansa em paz, querida jornalista, que tanta falta ficas a fazer, nesta terra, em qe as coisas estão muito complicadas...

Anónimo disse...

Quando não se pode calar alguém através da palavra, cala-se com uma arma! Mas o Mundo é testemunha deste crime e muitos vão lembrar-se sempre desta jornalista (e de tantos outros jornalistas e não só)porque nem todos têm memória curta.