25 setembro, 2006

O meu espanta espíritos


Nem sempre os acontecimentos se sucedem como gostaríamos... Por mais que nos esforcemos por isso, não somos senão simples humanos.
A vida tem-me pregado algumas partidas a que eu vou reagindo como posso, como qualquer mortal. Acordei hoje com vontade de superar o que me aflige, mas a manhã passou-se mal e só não me desfiz em choro, porque sou de riso fácil e choro difícil... ainda assim, uma lagrimita que caiu, talvez me tenha ajudado.
Encontrei uma amiga à hora do almoço e à tradicional pergunta "está tudo bem contigo", em vez da tradicional resposta "sim, está tudo bem" respondi "não, estou com problemas". Ela abriu o sorriso e disse-me "vais superar como sempre, és uma mulher muito forte".
A resposta não me convenceu. Na verdade não sou mais forte do que ninguém. Às vezes até me sinto a mais frágil das criaturas.
No entanto há pequenos gestos que fazem milagres. E a atenção especial de um colega que se apercebeu de que eu não estava bem, fez o milagre.
Daí a pouco eu estava a fazer trabalho de bricolage, que me exigiu alguma força e aí a energia despendida foi o golpe de misericórdia no sentimento de "irremediavelmente perdida" que estava a dar cabo de mim, que sou por natureza uma pessoa alegre e bem disposta.
Sou uma pessoa de sorte. Tenho amigos de verdade. Amigos que me dão força, que me enviam emails, sms ou telefonam quando me pressentem triste. Tenho filhos que me conhecem melhor que eu mesma, e mesmo a quilómetros de distância me entram no coração como flechas de alegria...
Sou uma mulher de muita sorte. Por isso não liguem às minhas lamúrias aqui no blog. Isto para mim funciona também como uma espécie de espanta espíritos... maus claro. Porque os bons, que são vocês, guardo no meu coração com toda a ternura de que ainda sou capaz!

1 comentário:

Anónimo disse...

Ai rapariga, o que seria de mim sem ti? Tu nem tens ideia do bem que me fazes. Há muito que me sinto mal: triste, rezingona, mal amada! E sei que não deveria sentir-me assim, tenho uma filha que se preocupa tanto comigo, alguns poucos mas grandes amigos, bons colegas. Também tenho um grande amor (embora não possa vivê-lo como gostaria).Mas tu fazes-me muito bem porque gosto de estar contigo, rio-me muito contigo, gosto das escolhas que fazes para este blog (consigo manter-me informada e leio o que não consigo ler de outra forma.