Estive a dar uma olhada ao curto passado deste meu diário de emoções. Os comentadores são quase sempre os mesmos. Sei que há muita gente que passa por aqui. São poucos porém os que se "atrevem" a deixar "impressões digitais". E tenho pena. Porque gosto de "ouvir" o que pensam a respeito do que escrevo ou dos poemas de que gosto e vou publicando, geralmente porque têm a ver com o meu estado de espírito na ocasião.
Não há que pedir desculpa por coisa nenhuma (isto não é uma indirecta, mas uma directa! - ver comentário a "frágil"). Gosto de ler os vossos comentários.(Gostei do poema do oriental e vou procurar saber mais acerca do poeta). Abro aqui uma excepção, porque o meu papel aqui não é comentar os vossos comentários... Gostava que comentassem mais, mas...
Ainda há pouco a falar com um dos meus filhos ao telefone ele me dizia que tem muito que fazer. Os jovens andam numa roda viva... ainda não chegou a altura de perceberem que não adianta grande coisa passar pela vida a correr. Então passarão a andar mais devagar e a saborear cada pedaço... De quanto tempo precisas para ler o que escrevo diariamente, filho?
Aqui há uns tempos um jovem amigo senegalês dizia que eu escrevia coisas muito extensas e que assim, ele não tinha tempo para ler... tenho pena, mas ainda não aprendi a resumir a vida. E acho que não estou interessada em aprender... pode ser que um dia mude de ideias, mas por enquanto é assim mesmo... o meu tempo é quando.
3 comentários:
Sabes, aquilo que escrevo aqui é muito sentido, gostaria de dizer-te pessoalmente, como alías o teria feito até há pouco tempo atrás, mas por vezes sinto-me bloqueada, sinto que me transformei noutra pessoa depois de ter descoberto que a pessoa com quem vivia há tantos anos era um perfeito desconhecido para mim. Não consigo relacionar-me da mesma forma com as pessoas de quem gosto, sinto que algo se partiu dentro de mim. Um amigo de longa data disse-me há cerca de 4 anos, que a maior virtude que eu tinha era ter chegado àquela idade com "tanta pureza" apesar da vida que tinha tido e eu pus-me a pensar nisso e concordei com ele,era tão alegre, tão confiante, tão atenta às pessoas...
Quanto a mim... vou dizendo o que penso e sinto, sem nada comentar, no sentido usual do termo.Não gosto de comentários...
Quanto às impressões digitais...elas hão-de naturalmente ir revelando a personalidade do seu amigo, o que não será difícil, não só dada a perspicácia da "ouvinte", mas também porque me está na massa do sangue, como filho dos espaços desimpedidos alentejanos, cair-me a boca para a verdade.
Caro que isto que acabo de escrever não será totalmente verdadeiro.A vida, com os seus tsunamis,roubou muito da minha água transparente.Sem me aperceber confundo o que sou com o que um dia somhei ser.Tenho à volta do meu espírito muitas camada de cimento a retirar.Não é fácil revelar o verdadeiro que há em mm.Está muio, muito fundo.Mas que diabo, faço um esforço.E à medida que vou envelhecendo dou comigo a espesinhar todas as vergonhas e preconceitos.O essencial é a verdade.Por isso, cara Eduarda, aqui me vai tendo, revelamdo-me com alguma manha que ainda não consegui pôr na lixeira e que herdei da educação que me deram nesta sociedade onde cresci à balda, tão à balda que surpreso estou de ainda me encontrar de espinha direita.
Elementos relativos ao poeta Lao Zi, autor de " O livro de Tao ".
Lao Zi é o nome literário. O nome verdadeiro é Tao Teh Ching.
O poeta nasceu no século VI,A.C... no ano 580, na aldeia de Li,Hu Hsin, estado de Zhou.
Nome de família: Li Ehr
Nome de Corte: Po Yang
Cognome: Lao Dan ( Venerável ou Velho Mestre )
Exerceu a profissão de Zelador da Casa de Zhou, na cidade de Loyang - Província de Henan.
Este livro é uma edição de Dezembro de 1997.
A tradução é de João C. Reis e de
aria Helena Reis.
A Editora: Edições Mar Oceano Macau
Ha algumas versões portuguesas:
De Luis Gonzaga Gomes: " O livro da vida e da virtude", de Lao Zi - Macau, 1958
Do Padre Joaquim Guerra: " Da prática da perfeição"- Macau, 1988
De António de Melo, Lisboa 1989: Tao Teh Ching
Suponho que não será fácil encontrar o livro.
Mas como eu o tenho também não será difícil à Eduarda lê-lo...
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