
Escuta-me! Só sou, verdadeiramente, no Outono.
Só sou, verdadeiramente, quando as folhas
iniciam o processo de amarelecimento nas árvores.
Começo a ser com as primeiras nuances
a desprenderem-se, brandamente, dos ramos,
a balançarem, quase imperceptivelmente, no ar,
a pousarem, tímidas, a um canto da calçada.
Cresço no acumular de ousadias douradas pelo passeio.
Sou nas primeiras manhãs de céu encoberto,
as árvores despojando-se de véus esvoaçantes na aragem...
Esquece o Verão insensato em que não fui.
Procura-me no Outono.
Só sou, verdadeiramente, quando as folhas
iniciam o processo de amarelecimento nas árvores.
Começo a ser com as primeiras nuances
a desprenderem-se, brandamente, dos ramos,
a balançarem, quase imperceptivelmente, no ar,
a pousarem, tímidas, a um canto da calçada.
Cresço no acumular de ousadias douradas pelo passeio.
Sou nas primeiras manhãs de céu encoberto,
as árvores despojando-se de véus esvoaçantes na aragem...
Esquece o Verão insensato em que não fui.
Procura-me no Outono.
(Ilona Bastos)
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