venho tão cansada que decido subir pelas escadas rolantes. felizmente estão a funcionar o que nem sempre acontece. vou absorta quase adormecida a pensar na falta que me fazem umas boas horas de sono sem preocupações. quase me apetece internar-me numa clínica para poder dormir até à eternidade que durar. mas que essa eternidade valha a pena enquanto durmo. e de repente olho para o lado e vejo no sentido descendente um rapaz (impossível calcular a idade) com trissomia 21 e atrás dele uma senhora que penso ser a mãe debruçando-se para o degrau abaixo para dar um beijo ao rapaz e passar-lhe a mão na cabeça. sinto-me feliz e acordada de repente e mais uma vez penso que esta doença não é tão grave que leve a maior parte das pessoas a pensar em interromper uma gravidez quando sabem que vão ter um filho com essa deficiência.
aqui por casa há muitos anos andou uma menina assim que era a melhor amiga do meu filho mais novo. era uma criança adorável que passava o tempo aos beijos e abraços. de uma afectuosidade incrível. tenho pena de termos perdido o rasto da Inês. não sei se os pais se mudaram não sei se a menina teve mais algum problema. sei que também ela era muito amada pela família e que tinha na minha família amigos que que lhe queriam muito bem. será pois muito bom pensarmos em deixar de lado a discriminação de pessoas com este tipo de originalidade.
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