10 dezembro, 2006

PORQUE NÃO HÁ EQUILÍBRIO

POEMA
Porque não há equilíbrio
Entre as flores e os homens
Entre as praias dos sorvetes
E os barcos dos pescadores
Porque as flores mais tristes
São as que enfeitam as lapelas
E as praias verdadeiras
São os barcos pôr-do-sol
Quando os remos vão buscar
O pão ao mar
Porque é o equilíbrio
Entre as flores e os homens
E os barcos dos pescadores
E as praias dos sorvetes
Qoe fará secar a lágrima suja
Do rosto da criança
Que entra descalça
Na mentira da cidade...
Eduardo Aleixo

1 comentário:

Maria Eduarda disse...

Equilibar um poema é coisa séria, só para quem sabe. Eu acho que tu és EQUILIBRIO e tornas por isso, todas as palavras belas. E todas as palavras belas, tornam os poemas belos: como este!