Já não me importo
Até com o que amo ou creio amar.
Sou um navio que chegou a um porto
E cujo movimento é ali estar.
Nada me resta
Do que quis ou achei.
Cheguei da festa
Como fui para lá ou ainda irei
Indiferente
A quem sou ou suponho que mal sou,
Fito a gente
Que me rodeia e sempre rodeou,
Com um olhar
Que, sem o poder ver,
Sei que é sem ar
De olhar a valer.
E só me não cansa
O que a brisa me traz
De súbita mudança
No que nada me faz.




daqui fala o vosso cliente de s. tenho várias chamadas vossas e gostaria de saber o que querem. pergunto quem poderia ligar. pedi um domicílio para a minha mulher e não veio cá ninguém. pergunto se precisa de um domicílio de enfermagem. não sei bem sabe é que a minha cabeça já não é o que era. peço um instante e vou tentar saber o que se passa. não foi pedido nenhum domicílio de enfermagem. procuro então perceber se algum médico teria sido chamado e percebo que a senhora foi visitada pelo médico no dia anterior. informo o senhor que o médico esteve lá. do outro lado o senhor acha estranho que não lhe tenha sido comunicado pelo telefone de que o médico iria lá. se soubesse teria ficado em casa. digo-lhe que tentámos contactar e que não atendeu. e é então que o senhor me diz que realmente tinha lá estado um rapaz novo que auscultou a mulher.


