Um blog do dia a dia, com muitas estórias, alguma poesia, música, fotografia, crítica, comentários... para desabafar, porque sem um grito ninguém segura o rojão!
14 junho, 2019
fico contente com o fim das taxas moderadoras
15 fevereiro, 2019
o sns e os privados

14 fevereiro, 2019
quem tem saudades de salazar

13 fevereiro, 2019
da solidão e das demencias

10 fevereiro, 2019
cobardia é calar
num país onde a violência doméstica mata todos os anos existem juízes que se referem às vitimas como se fossem culpadas. homens que deviam ser moralmente mais elevados que a maioria dos cidadãos portam-se como se vivessem na idade da pedra. homens (perdoem-me os homens de verdade) que se referem às mulheres como se elas fossem propriedade sua. como se não devessem ter vontade própria. como se fossem animais que apenas têm o direito de trabalhar e dizer que sim a todas as suas vontades. este é ainda um país onde a mulher é vista como um ser menor. onde os homens se sentem humilhados porque as suas mulheres são independentes e donas da sua própria vontade. um país onde a misoginia parece crescer em vez de desaparecer. encontro mais jovens misógino que homens mais velhos embora reconheça que os mais velhos não escapam. as mulheres não estão isentas de culpa quando acham que os maridos ou namorados lhes batem porque gostam delas. está na altura de as mulheres se darem mais valor. de não escolherem ficar com um homem por razões económicas. de não exporem os filhos a maus tratos. viver num t0 é melhor que viver num condomínio de luxo quando se trata de ganhar dignidade. por fim todos os que têm conhecimento e calam um crime de violência doméstica são coniventes. cobardia é calar. denuncie.
08 fevereiro, 2019
nunca perco tempo
01 fevereiro, 2019
sou só um animal de companhia


28 janeiro, 2019
a indignação da procuradora
16 janeiro, 2019
estou tão aflita
15 janeiro, 2019

eram duas adolescentes nos anos 40. anos difíceis. anos de guerra. um dia decidiram que queriam ser enfermeiras. combinaram não contar nada aos pais. iam apresentar-se no hospital e pedir emprego. enfermagem parecia-lhes um verdadeiro paraíso. já se viam de farda e quepe. bem arranjadas graças a uma mãe que do quase nada fazia imenso dirigiram-se ao hospital de são josé em lisboa. à entrada o porteiro peguntou-lhes o que queriam. muito decididas lá explicaram que queriam ser enfermeiras. o homem sorriu e disse-lhes que duas meninas tão novas e tão bonitas deviam era voltar para casa porque enfermagem não era decididamente profissão que lhes servisse. as duas ainda tentaram argumentar. tratava-se de um sonho. queriam poder ajudar pessoas. o porteiro lá conseguiu que se fossem embora e que pensassem em casar e ter filhos que isso é que era serem felizes. e foi assim que ambas regressaram a casa sem contarem aos pais o que tinham ido fazer. acabaram os seus cursos comerciais e empregaram-se como secretárias. uma teve como patrão um importante advogado da praça lisboeta que lhe permitiu conviver com homens como aquilino ribeiro. parou de trabalhar quando casou. dedicou-se à família para o resto da vida e só muito tarde se arrependeu de ter deixado de trabalhar. a outra empregou-se num escritório de despachante oficial. acabou casada com o patrão que deixou a primeira mulher para viver com ela o resto da vida. esta nunca deixou de trabalhar. mais tarde foi funcionária do ministério dos negócios estrangeiros. às tantas pediu uma licença sem vencimento e foi para londres trabalhar. por lá viveu 30 anos. regressou a portugal depois da revolução dos cravos e aos negócios estrangeiros onde trabalhou até aos 70 anos. aos 90 ainda sonha com trabalho no seu delírio.
31 dezembro, 2018
com amor
o que define o amor não são palavras mas acções. por mais que sintamos um amor imenso ele não resistirá a discussões constantes. não é possível conviver com alguém que exige tudo sem dar nada em troca. não é possível ser feliz sem carinho. são precisos muitos beijos e abraços. fazer amor com amor e não apenas porque é preciso mostrar um fogo que não existe. inventar todos os dias para não cair na rotina e tornar rotina o que faz o outro feliz. para um relacionamento feliz o amor não basta. é necessária muita cumplicidade. pontos de vista semelhantes. gostos semelhantes. o amor só por si pode bastar quando somos jovens e mais permeáveis ao outro. pode bastar quando se inicia um relacionamento na juventude. conheço casais que construíram famílias muito felizes apesar das diferenças iniciais. começaram jovens e o amor foi o motor que permitiu a adaptação ao outro. é cada vez mais difícil encontrar casais que ficam juntos para sempre. os relacionamentos ditos sérios começam cada vez mais tarde. quanto mais velhos somos menos capacidade de adaptação temos. neste fim de ano desejo que sejam felizes. sós ou acompanhados... com amor.
30 dezembro, 2018
há gente assim

contem comigo
23 dezembro, 2018
onde estão os dias felizes
05 novembro, 2018
o importante é a rosa
sinto-me feliz por rever o homem da rosa. recuperou de um estado de abandono que dava dó. gosto de ver o seu olhar brilhante quando me olha. no outro dia disse-me que me lembrasse dele quando me divorciasse. mal sabe ele que vivo divorciada do mundo em geral. mal sabe ele o bem que me faz saber o bem que lhe faço sem nada fazer. ver aqueles olhos claros abandonar os mais de oitenta anos que já viveram e mostrarem-se como se tivessem vinte e uma vida á sua frente. como eu gostava de fazer por alguém o que este homem faz por mim. acreditar que um dia darei rosas a alguém só porque sim. sem outra razão para além daquela que me tornará os olhos brilhantes.
21 junho, 2018
é só um desabafo

14 junho, 2018
Gracias a la Vida
Gracias a la vida,
que me ha dado tanto;
me dio dos luceros
que cuando los abro
perfecto distingo
lo negro del blanco,
y en el alto cielo
su fondo estrellado,
y en las multitudes
al hombre que yo amo.
Gracias a la vida,
que me ha dado tanto;
me ha dado el sonido
y el abecedario.
Con él, las palabras
que pienso y declaro:
"padre", "amigo", "hermano",
y "luz", alumbrando
la ruta del alma
del que estoy amando.
Gracias a la vida,
que me ha dado tanto;
me ha dado el oído
que en todo su ancho
graba, noche y día,
grillos y canarios,
martillos, turbinas,
ladridos, chubascos.
y la voz tan tierna
de mi bienamado.
Gracias a la vida,
que me ha dado tanto;
me dio el corazón,
que agita su marco
cuando miro el fruto
del cerebro humano,
cuando miro al bueno
tan lejos del malo,
cuando miro el fondo
te tus ojos claros.
Gracias a la vida,
que me ha dado tanto;
me ha dado la marcha
de mis pies cansados.
Con ellos anduve
ciudades y charcos,
playas y desiertos,
montañas y llanos,
y la casa tuya,
tu calle y tu patio.
Gracias a la vida,
que me ha dado tanto;
me ha dado la risa
y me ha dado el llanto.
Con ellos distingo
dicha de quebranto,
los dos materiales
que forman mi canto;
y el canto de ustedes,
que es el mismo canto;
y el canto de todos,
que es mi propio canto.
Gracias a la vida,
que me ha dado tanto.
Violeta Parra
Gracias a la vida...
os anos passam e fui acumulando recordações. coleccionei caixas e gavetas de recordações. senti agora vontade de pôr um pouco de ordem nesta montanha de pequenos momentos que fizeram tão importantes os momentos mais felizes dos anos que já vivi. são imensas as cartas de amigos, postais de felicitações por momentos a que eles deram mais importância que eu. poemas que me dedicaram. a primeira carta que recebi com menos de 1 ano da minha avó paterna. imensas cartas de amor. poemas que escrevi em miúda e que não têm qualquer valor mas que guardei religiosamente porque espelham as angústias e a felicidade de cada fase da minha vida. à medida que vou abrindo caixas volto aos momentos que vivi. tantas recordações de viagens. guardei bilhetes de avião, bilhetes de entrada em museus e monumentos guias turísticos eu sei lá... guardei também bilhetes de peças de teatro que me marcaram e os folhetos respectivos. não há concerto a que tivesse assistido que não tivesse guardado o bilhete. abrir agora estas caixas é reviver um pouco de tudo o que de bom a vida me deu. e foi tanto! tal como violeta parra digo "gracias a la vida que me ha dado tanto, me ha dado la risa y me ha dado el llanto"
13 junho, 2018
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