com as mãos atrás das costas o homem hesitou três ou quatro vezes antes de entrar. a sala estava cheia de gente e ele hesitava. de repente decidiu-se. avançou entre as pessoas e mostrando finalmente as mãos entregou-me uma rosa vermelha. creio que nem me ouviu agradecer. rapidamente saiu. creio que corou mas pode ser apenas impressão minha. apareceu depois outras vezes. sem flores. esta semana voltou e dirigiu-se a mim "se soubesse que estava cá tinha trazido uma flor".
reparei mais uma vez nos seus belos olhos azuis e creio que pela primeira vez olhei para as suas mãos: delicadas. mãos de quem gosta de oferecer flores. mãos que não esquecem a mulher com quem dividiu a vida; no dedo mindinho a aliança dela e no anelar a sua. e de repente desejei deixar por cá alguém que me lembre desta maneira. oferecendo flores a outras mulheres.
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