na rua o vento parece que abrandou um pouco. mas há cerca de uma hora como se costuma dizer estava o diabo à solta. no verão é assim. chega o calor e com ele os dias de vento que se tornam mais agradáveis os dias de quem está na praia também são muito enganadores pois não se sente o calor da mesma maneira. seja como for é tempo de férias e tempo de todos os reencontros. é quando todos nós temos mais tempo nem que seja porque os dias são mais compridos. que bom existir este tempo extra. há 10 minutos no elevador pensava nos chineses. no facto de trabalharem todos os dias do ano sem férias nem fins de semana nem feriados. o dia de ano novo é a excepção. e pensava nisto enquanto pensava na relação possível entre o hábito e o cansaço. tempos houve em que trabalhei anos a fio seis dias por semana e não me cansava. hoje não sei se é pela idade ser outra se é por ter quebrado essa rotina quando o faço durante uns poucos meses sinto falta do descanso de um fim de semana de dois dias. como agora tenho a sensação de que preciso mesmo de férias e que se elas não estivessem quase a começar eu não aguentaria. o engraçado é que no fundo sei perfeitamente que aguentaria. sei bem da minha resistência e sei também que me sinto assim sempre que se aproxima o tempo de férias. que é o tempo que estou de férias e o mês de agosto que embora passado a trabalhar me faz sentir sempre renovada porque a cidade está vazia e se torna minha. e gosto de me mover assim pelas ruas como se a cidade fosse outra e não aquela confusão de todos os dias. já falta pouco. hoje mais um reencontro. por pouco tempo é certo mas que bem que sabe revermos os que amamos...
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