o rapaz ficou de tal maneira zangado que deixou a casa do pai e do avô e a própria terra. andou andou até que deixou mesmo o distrito. foi sempre andando ajudado pela caridade das pessoas que o acolhiam e lhe davam guarida e comida. o rapaz continuava tão zangado tão zangado que nem pensava nos bens da família e no que tinha para herdar. continuou a andar pelo país fora até que conheceu um homem de apelido Abreu que para além de lhe dar guarida e comida o acarinhou deu-lhe trabalho e às tantas tratava-o como se seu filho fosse. o rapaz ficou tão agradecido e começou a amar de tal maneira aquele homem que para ali vivia abandonado pelos sobrinhos e que a ele se apegara daquela maneira que decidiu mudar o apelido para Abreu. um dia o rapaz apaixonou-se por uma rapariga. com a aprovação do senhor Abreu combinou o casamento com o pai da moça e um belo dia casaram-se. o rapaz deu como apelido na conservatória o nome Abreu em homenagem ao homem que tão bem cuidava dele. e a partir daí a família Silva deixou de existir para aquele homem e seus descendentes. hoje todos se chamam Abreu. os bisnetos queixam-se que devido à "maluquice" do avô não herdam nem dos Silva nem dos Abreu. mas no fundo acham graça ao que o "velho" fez.
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