08 setembro, 2008

pescadora de sonhos


estava a uns quinze metros das crias ainda muito pequeninas mas já tentando fazer pela vida debicando o que havia entre o musgo da rocha. a mãe olhava o mar e via-se que estava cansada que precisava de um momento para estar só para pensar no que será o seu futuro e o futuro das crias. afinal a vida está difícil para todos e as gaivotas também são assim uma espécie de gente. pelo menos para mim que as vejo e observo com cuidado quase todos os dias. sei onde se refugiam de quem fogem a quem gostam de surpreender aonde fazem as suas reuniões de família. as gaivotas são como a gente. algumas são amigas outras não. em algumas podemos confiar e noutras não. afinal são também gente do mar pescadores e portanto como eles algumas são boas e outras não. eu até gosto de pescadores. eu própria fui pescadora a sério. hoje sou apenas uma pescadora de sonhos. uma inventora de estórias. alguém que ama algumas e odeia outras. gaivotas.

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