
Quando amanheço... leito manso e lento
Nesta manhã sob este sol silente
A cidade desperta calmamente
Ao meu olhar atônito e em tormento.
Uma canoa tangida pelo vento
Com as lembranças da última enchente
Em mim desliza e a cidade sente,
À margem, nos degraus, um leve alento.
Mas a tristeza morre neste instante
Quando, no Pontal, o Itacaiúnas
Vem, farto de canoas, desaguar...
E sou, portanto, este olhar brilhante
Cheio de lembranças, de botos, de buiúnas...
Que corre lento assim de encontro ao mar...
(Abilio Pacheco)
Olá, Eduarda,
ResponderEliminarObrigado por publicar este meu poema. Agora ele foi publicado em um livro chamado "mosaico primevo".
Quando puder, visita o blog do livro:
mosaicoprimevo.wordpress.com
Abilio Pacheco