
(fotografia de José Lopes em Olhares.com)
Leio o amor no livroda tua pele; demoro-me em cadasílaba, no sulco maciodas vogais, num breve obstáculode consoantes, em que os meus dedospenetram, até chegaremao fundo dos sentidos. Desfolhoas páginas que o teu desejo me abre,ouvindo o murmúrio de um roçarde palavras que se juntam, como corpos, no abraçode cada frase. E chego ao fimpara voltar ao princípio, decorandoo que já sei, e é sempre novoquando o leio na tua pele.(Nuno Júdice)
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