23 março, 2008

Vá-se lá saber!


Domingo de Páscoa. A mim não me diz nada. É apenas uma oportunidade para reunir parte da família que vem de férias a Portugal e receber outros que vivem fora de Lisboa. É apenas a oportunidade de ter um fim de semana alargado, ou seja, ter mais tempo para fazer o que gosto.
Hoje por exemplo, levantei-me bastante tarde para o que é meu costume (passava das 9 um bom bocado), mas eu estava tranquila, porque tinha um dia pela frente sem grandes sobressaltos, tirando o facto de fazer um almoço de família, mas como isso nunca foi coisa que me prendesse em casa, fui como de costume caminhar junto ao mar. Apesar do sol havia pouca gente o que quer dizer que muita gente foi mesmo fazer umas mini-férias. Também tenho aproveitado às vezes para as fazer, mas realmente este ano não me apetece. Apetece-me estar em casa, ver o mar da janela, recuperar fotos antigas e colocá-las na parede em vez de quadros. Apetece-me mudar o meu ambiente de vez em quando
Mas enquanto caminhava ocorreu-me que nunca percebi porque é que a Páscoa que representa segundo o pouco que sei, a morte e ressurreição de Jesus Cristo, há-de ser uma festa móvel. Sei que tem que haver uma razão para isso. Amanhã vou tentar informar-me junto de uma católica, porque me faz confusão o nascimento de Jesus ser celebrado sempre no mesmo dia do ano, embora se saiba já que a data não podia nunca ser 25 de Dezembro, e a morte ser celebrada em dias diferentes.
Ouvi hoje numa reportagem, dizer que cada vez mais adultos criados como eu sem qualquer religião, se convertem ao catolicismo e vi alguns exemplos de gente muito feliz com isso. Verdadeiramente felizes. Como o homem que hoje passou por mim, com um braço amputado e sem prótese, mas com um ar muito feliz. Pensei que, se calhar para ele é um alívio ter um dia em que não precisa de carregar a prótese. Ainda bem. Por mim continuo a não acreditar noutra coisa que não seja o ser humano... Se calhar por causa de gente como este homem, vá-se lá saber!

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