O caso do telemóvel, da aluna e da professora da escola do Porto anda em todos os telejornais há tanto tempo que até parece que voltamos ao caso Casa Pia ou Maddie. Só não falam durante tanto tempo mas a verdade é que todos os dias se diz alguma coisa. Desde a ministra à oposição todos têm que dizer alguma coisa. A verdade é que esta professora que deve estar à beira da reforma não se quis chatear e não apresentou queixa contra a aluna e os colegas da mesma que não moveram um dedo para ajudar a senhora. Tudo miudagem com altos valores morais e padrões de educação altíssimos.
Não fosse o parvo do miúdo resolver gravar a cena para a pespegar na NET e até hoje meia dúzia de pessoas teriam conhecimento do que se passou. Agora a professora sente-se incomodada e com a sua privacidade invadida e com razão. A aluna agressora vai mudar de escola e o que filmou a cena também. Tudo o resto fica na mesma. Os alunos que nada fizeram a não ser "divertirem-se" à custa da cena lamentável hão-de provavelmente assistir a cenas semelhantes e ficar a observar sem nada fazer. Não é pois de admirar que quando se vê alguém ser agredido no meio da rua, cada um siga o seu caminho como se nada fosse. A maior parte das vezes é assim que acontece. E se aparece alguém a tentar ajudar e dá um bom par de estalos ao agressor ainda é vaiado porque está a acabar com o espectáculo.
Cenas pouco edificantes de um país que se pretende civilizado.
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