Sonho com o Tibete desde miúda. Como muitos jovens da minha geração que gostavam de ler. Eu devorava simplesmente os livros de Lobsang Rampa. E o que me interessava mais não eram as suas teorias sobre o sobrenatural, mas as descrições do Tibete e da vida dos monges budistas. De resto, se algum dia me aproximar de alguma religião será com certeza esta, porque tem a ver com a Terra, com o ser humano, com a tranquilidade de espírito.
Pois como dizia, através dos livros de Rampa, formou-se no meu espírito a imagem de um país cheio de montanhas e silêncio. Um país onde o povo levava a vida com tranquilidade, entregando-se em todos os seus tempos livres à meditação. E sonhava com o Tibete. Para falar verdade ainda sonho.
Estou neste momento a ler a "Viagem ao Tibete" feita por uma estrangeira por volta de 1910, só porque foi proibida de entrar na capital Lhassa e apostou consigo mesma que conseguiria fazê-lo. Nessa altura, oficialmente o Tibete era um país independente, mas a realidade é que já nessa altura era apenas mais um país subjugado pela China.
E agora dói-me ver diariamente as imagens de tibetanos a serem espancados e presos pelas autoridades onde quer que decidam manifestar-se pela liberdade do seu país... (a propósito, afinal o Kosovo é ou não é um país independente? quando é que Portugal decide tomar uma decisão?)
A atitude do Dalai Lama pode ser muito bonita, muito pacífica, mas não há revoluções verdadeiras e pacíficas... basta olhar para a nossa revolução que passados 30 anos deu em nada...
Continuo com muita vontade de visitar o Tibete, numa viagem longa, tranquila e meditativa.
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