Tenho uma amiga cuja mãe gostava de citar ditados populares, sendo que o preferido era "quem tudo quer tudo perde", que como todos os outros que citava quando vinham a propósito, rematava com "já dizia o Guerra Junqueiro".
Não tive a felicidade de conhecer esta velha senhora mas ela é muito falada entre nós.
O ditados populares são muito interessantes e tenho andado a pensar naquele "mais depressa se apanha um mentiroso que um coxo". E se o mentiroso for coxo, suponho eu (não o Guerra Junqueiro) ainda mais depressa se há-de apanhar.
Conheço um intelectual que é incapaz de interpretar um ditado popular, sequer de pronunciar as palavras como deve ser. Assim, de "não tens dinheiro para mandar cantar um cego" ele diz "não tens dinheiro para mandar catar um cego... (provavelmente não é do tempo em que se dava dinheiro aos cegos para cantarem... a falar verdade eu também não, só que toda a vida escutei com muita atenção as estórias dos mais velhos, em particular do meu pai e da minha avó materna, que eram dos melhores contadores de estórias que já conheci.
Esta crónica tinha uma visada em princípio, mas achei por bem falar disto só por alto, porque há gente que não merece sequer um olhar... e para essa gente a indiferença é mesmo o melhor remédio.
E para terminar em beleza "quem não te conhecer que te compre!" (será que esta também é do Guerra Junqueiro?)
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