05 março, 2008

Egos e eguinhos


Quando tinha 1 ano, o menino que queria ser deus, respondia, espetando o dedo indicador e de sorriso nos lábios, à pergunta "quem tem um "eguinho?". Durante muito tempo aquela era a pergunta favorita da família, pela alegria da carinha do pirralho enquanto espetava o dedo, respondeno a uma pergunta que não sabia o que era... mas agia conforme alguém que soubesse.
Pois isto vai a propósito da auto estima e do ego que alguns de nós têm de rastos e outros muito inflacionados. Há pessoas a quem não se pode fazer um pequeno elogio que não se sintam imediatamente as maiores da cantadeira como diria o Carlos Tê e aquelas a quem não se pode fazer um pequeno reparo sem que se sintam umas inúteis.
É verdade que para cada um de nós é preferível ter um ego cheio que falta dele... mas sem exageros. Quem não é capaz de fazer uma auto avaliação decente, também não é capaz de passar para fora uma imagem verdadeira de si mesmo.
E é por isso que às vezes andamos enganados imenso tempo por certas pessoas que nos parecem uma coisa e afinal são outra.
Sem querer inflacionar o meu ego, acho que tenho a capacidade de me avaliar e de avaliar terceiros que me são próximos. É por isso que se me conseguem dar a volta à primeira, já não o conseguem à segunda e à terceira tornam-se em animais rastejantes que dizem, eu sou o maior, o melhor, o mais forte, o mais simpático, o mais sedutor... e por aí fora.
Deixemos pois que cada um tenha um "eguinho" bem equilibrado como o menino que queria ser deus.

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