Faz hoje dois anos que nasci. Aqui, sem saber bem como, à toa, como tudo o que acontece de bom na vida da minha mãe. Comecei a gatinhar sem saber em que direcção... Depois, pouco a pouco, fui equilibrando o corpo, comecei a andar agarrado ao que me aparecia pela frente. Sempre com espaço. Muito espaço como a minha mãe gosta. Andar sem chocar com ninguém. Com calma, passo a passo.
Comecei finalmente a andar. Tornei-me num projecto. E passados dois anos e daqui a pouco 2000 postagens, estou hoje por aqui, sem me ralar muito com a quantidade de gente que passa por aqui, mas com a preocupação de deitar para fora seja o que for que incomode. Por aqui tem passado muita gente. De todos os lugares do mundo. Quase ninguém deixa pistas mas não faz mal. O meu papel é escrever o que sai dos dedos da minha mãe, a poesia que ela quer divulgar, bem como a música e fotos. Um lugar bonito para passear é tudo o que pretendemos deste espaço. Alertar para algumas situações menos desejáveis no país e no mundo, ou simplesmente contar estórias, umas de verdade outras nem por isso, mas que diferença faz, se na vida tudo são estórias...
Nasci há dois anos. Aqui. Por acaso. No dia mundial da poesia. Pablo Neruda foi o primeiro a entrar por aqui adentro. Hoje conscientemente publicamos Eugénio de Andrade. Porque é o contemporâneo português favorito de quem continua a viver no tempo é quando e a andar onde há espaço.
A todos os que por aqui passaram, aos que colaboraram e aos que comentaram ou simplesmente lêem, o nosso muito obrigada.
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