Começo por aproveitar o dia de sol e o facto de não trabalhar para fazer uma longa caminhada à beira mar. O mar estava encrespado mau grado a maré baixa, o que levou bastante gente à prática de body board. Também muita gente a caminhar, passear, alguns, muito poucos, a correr. De facto quase que é pecado correr num dia assim. Os dias de sol no Inverno convidam-me à preguiça, à reflexão, ao prazer de lagartar ao sol...
Mas tinha pequenas coisas para arranjar em casa, daquelas que a gente vai adiando, mas que mais dia menos dia temos que dar conta do recado ou chamar alguém que o faça por nós. Por isso, e como eram apenas pequenas coisas que eu sei arranjar, ocupei grande parte do meu tempo com elas. E quando estou nessas actividades vou pensando em mil e uma coisas. E sobre o que escrevi aqui ontem, o preconceito, e a que não retiro uma vírgula porque acredito que todos nós temos pelo menos um preconceito, fomos treinados como pequenas máquinas, não se deitam fora de vez, anos de investimento paternos ou maternos com toda essa facilidade.
Mas é claro que todos podemos fazer um pouco para que esses preconceitos não abalem tanto a nossa vida. E existe uma coisa muito simples, que se chama tolerância. Atenção que não estou aqui a dizer que por exemplo devamos perdoar certas pessoas por actos que nos feriram profundamente. Eu sei que não sou nada neste mundo para perdoar quem quer que seja... mas não volto a dar-me com gente que faz ou diz horrores e depois tenta passar por cima como se nada fosse. Quando ferida sou uma fera. Fico encurralada e sou incapaz de voltar a querer bem a alguém que me magoou por palavras ou actos, fossem eles pensados ou não... Quando eu mesma magoo outra pessoa intencionalmente ou não, mal caio em mim peço desculpa, se gosto mesmo dessa pessoa. E é nesse sentido que eu falo de tolerância. Não gosto de ver gente a jogar pessoas contra pessoas. Se alguém nos ofende, isso só a nós diz respeito. Não emprenho pelos ouvidos mas quando corto uma relação é de vez. É por isso que os amigos que tenho são de sempre e para sempre. Porque não traem, não ofendem nem se sentem ofendidos com o que não lhes diz respeito.
O meu bom senso manda que eu continue a minha vida, certa de que não me arrependerei de nada, senão de algumas coisas que não fiz, porque não pude ou por preconceito...
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