Podia aqui falar hoje de outra coisa. Na verdade apetecia-me muito mais escrever um texto com personagens inventadas do que falar de um governo que toma medidas estúpidas e que nem sequer tem a hombridade de reconhecer que errou...
Era algo que qualquer pessoa de senso comum estava à espera. Fecham as urgências em vários locais e são transferidas para outros que já estão a rebentar pelas costuras...
Uma mulher esteve 4 horas à espera de ser atendida nas urgências do hospital de Aveiro. Morreu sem ter sido atendida. Dir-me-ão que a minha teoria de que a gente só morre quando chega a nossa hora está correcta. Até pode ser. Mas se existe uma coisa que se denomina medicina e que devia servir para, entre outras coisas, salvar vidas, seria bom que funcionasse... ainda que de vez em quando...
Uma mulher morreu e para este governo está tudo bem. É uma reforma a menos que se paga, não é? Menos uma pensão. Dinheiro em caixa, a juntar ao que conseguem com o fecho de atendimentos de urgência e maternidades (está tudo bem, não é senhor Arlindo?), afinal de contas ter um filho numa ambulância é até "altamente", não é? é radical, está na moda... daqui a uns anos quem não tenha nascido numa ambulância não tem "estilo"...
Não fosse o facto de todas estas medidas serem assassinas, peço desculpa pelo termo, mas é altura de começarmos a tratar os bois pelos nomes, estas estórias podiam até ser contadas como anedotas... de quem as criou.
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