O fim deste ano vai-se aproximando e vou vivendo cada dia como se fosse o único, o último da minha vida. Vou pensando no entanto no caso haver para mim um futuro, que farei? Um dia destes uma amiga minha comprou um livro ou revista sei lá, sobre o que seria a sua vida em 2008 e como não gostou, anda agora à procura de um outro que a deixe mais animadita.
Eu não creio em signos, quero dizer, não acredito na quantidade de astrólogos de araque que nos rodeiam... sei que o ano está acabando que não posso fazer um saldo positivo do mesmo, que ficará mesmo gravado na estória da minha vida como um dos piores... mas é como diz o outro a vida continua... será que continua mesmo?
Por todo o país se vão fechando urgências, dando assim menos hipóteses de prolongar a vida de alguns de nós... eu bem sei que acredito que só morremos quando chegou a nossa hora, nem um segundo antes, nem um segundo depois... mas o que digo é evidente que não se escreve, ou nunca se teria inventado uma ciência como a medicina para ajudar as pessoas a viverem mais e sobretudo melhor. Há 9 anos deixei de trabalhar no ministério da saúde (é claro que não vou usar maiúsculas, aqui), e uma das razões mais fortes foi o facto de me sentir impotente por falta de meios de auxiliar as pessoas... hoje está tudo muito pior, e quando me falam em voltar à saúde só sei dizer vade retro satanás.
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