Hoje o dia até nem estava a correr mal... mas quando ouvi a notícia do assassinato de uma mulher valente, de uma mulher corajosa, de uma mulher capaz de se expor da maneira como se expôs várias vezes (hoje infelizmente foi a última) para cumprir um sonho, o seu sonho, o sonho de ter um país democrático, cedendo muitas vezes quando foi necessário e avançando quando o caminho só podia ser seguir em frente...
Morreu Benazir Bhuto. Hoje, 27 de Dezembro de 2007: um ano como tantos outros: começou mal e acaba mal... e nada de especialmente bom ocorreu, senão para os Josés (o provinciano e o de Bruxelas) para quem foi alcançado um acordo porreiro, pá, a que foi dado o nome de Tratado de Lisboa...
Peço aqui perdão à mulher que hoje foi assassinada. Misturar o seu nome com o de políticos tão medíocres não é sensato, não é inteligente e não é de bom tom.
Tal como Indira Ghandi, Benazir Bhuto foi calada pela violência, que é a única arma dos cobardes, estúpidos, fanáticos, fundamentalistas. Ambas cometeram o erro de terem nascido em terras onde as mulheres valem pouco mais do que um zero à esquerda e onde os homens as consideram um alvo quando sobressaem da mediocridade dos fundamentalistas que lhes lavam o cérebro...
Nem Benazir nem Indira morrerão jamais. Há muitas mulheres corajosas e valentes por esse mundo fora. Mulheres submetidas a sequestro e tortura em n nome de algo que não consigo entender, como por exemplo Ingrid Bettencourt...
É por mulheres com estas que eu tenho orgulho de ter nascido mulher. Elas permanecerão vivas em milhões de corações por esse mundo fora. Para sempre!
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