01 dezembro, 2007

Eu acho.


Mais uma vez um naufrágio com emigrantes clandestinos de uma das zonas mais pobres de África, a Etiópia e a Somália. Consigo perceber que aquela gente queira fugir a qualquer preço de uma terra permanentemente em guerra e onde falta tudo, até a água. Não creio é que esta gente se aperceba dos riscos que corre quando paga para ser levada em barcos sem quaisquer condições e sobre lotados para qualquer sítio do planeta que não seja a sua terra. Neste caso o destino era o Iémen e só esta semana naufragaram naquela costa dois barcos com clandestinos.
Do primeiro não ouvi falar. Provavelmente porque não morreu ninguém... porque infelizmente estas estórias só são notícia quando há mortes... sobretudo quando, como neste caso há muitos mortos (80), porque a verdade, todos os sabemos, é que todos os dias há gente chegando sobretudo à Europa .
Aqui há uns tempos uns senhores lá em Bruxelas falaram em tomar medidas para ajudar este gente ao mesmo tempo que combatia este flagelo. Parece-me que a única maneira de combater isto é ajudar os países de onde esta gente vem, ajudando a acabar com a guerra e ensinando-os a trabalhar. Porque por mais dinheiro que se gaste em acções humanitárias não se vêem resultados. Na maior parte dos casos são os governantes que se abotoam com a maior parte do dinheiro e o povo continua a morrer de doença ou simplesmente de inanição.
A ver se alguém toma realmente uma atitude. A ver se os senhores de fato e gravata conseguem ter umas ideias luminosas, daquelas que os fazem dizer no fim, satisfeitos consigo mesmos, porreiro pá, porreiro.
Isso é que era mesmo muito porreiro. Eu acho.

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