Apalpa um violino
com teus dentes.
Corrige a corriqueira
soma dos acordes.
Medicamenta o mundo.Ó bruxo semanal
com teus abutres, teu mocho
dado à gula dos mistérios,
quem paga esta consulta?
quem sobe, arfando, os degraus
da febre? Teu beijo muge
a tua boca sangra
o teu pescoço azul
desponta no meu peito.A esta hora exacta
os deuses
parem
em lugares recônditos.
Seus ovos lentos
crescem
no coração dos tontos.Refreias toda a fala
sustenida
e os campos taciturnos
nem se movem.
com teus dentes.
Corrige a corriqueira
soma dos acordes.
Medicamenta o mundo.Ó bruxo semanal
com teus abutres, teu mocho
dado à gula dos mistérios,
quem paga esta consulta?
quem sobe, arfando, os degraus
da febre? Teu beijo muge
a tua boca sangra
o teu pescoço azul
desponta no meu peito.A esta hora exacta
os deuses
parem
em lugares recônditos.
Seus ovos lentos
crescem
no coração dos tontos.Refreias toda a fala
sustenida
e os campos taciturnos
nem se movem.
Ó mago indolente
entre os meus dedos.Cabrito pouco astuto
em devaneios. Os animais famintos
Com seu crespo ondular
Percorrem-te os inventos,
E nós,
Os instrumentos.
entre os meus dedos.Cabrito pouco astuto
em devaneios. Os animais famintos
Com seu crespo ondular
Percorrem-te os inventos,
E nós,
Os instrumentos.
A rede musicada
Das tuas mãos de merda.
Das tuas mãos de merda.
(Armando Silva Carvalho)
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