Do primeiro recordo as dezenas de papéis colados nas paredes, dizendo coisas como perdoa, amo-te, volta para mim, para sempre, ou simplesmente desenhos de corações entrelaçados... e o desencanto de um fim sem glória mas com alívio.
Do segundo recordo anos intermináveis de paixão, tão intermináveis que cheguei a acreditar que era o primeiro e último amor, coisa muito difícil senão impossível de acontecer... acabou com dor, mas no fim ficou a lembrança de muitos anos felizes e uma amizade profunda.
Do terceiro... bem do terceiro recordo a maior desilusão da minha vida: um chorrilho de mentiras e cobardia que nunca pensei poderem acontecer numa só pessoa. Felizmente durou tão pouco que nem marcas deixou... só um pé ainda mais atrás do que já estava.
Dos outros, todos os outros, os que me amaram e eu pensei que era verdade e eu pensei que podia amar, não ficou nada senão às vezes um vulto na rua que faz com que pense olha que tipo tão parecido com aquele fulano que passou na minha vida.
E é por isso que não quero continuar esta sucessão de estragos. Saber parar em qualquer área da vida é uma arte que se aprende com o tempo. O amor não existe. É uma invenção. A paixão e o desejo esses sim existem são de verdade: como as amizades que duram para sempre, ainda que para sempre seja sempre tempo demais!
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