11 outubro, 2007

Sorri em Compostela...

A ver o que me sai hoje que me sinto tão esvaziada. O livro que estou a ler não é inspirativo, não vou dizer já que não presta, posso ser eu que tenho demasiadas coisas na cabeça e não esteja a conseguir ler mas este coronel Santiago está a chatear-me um bocado, já tive melhores coronéis, daqueles do sertão brasileiro, mas pode ser que o homem passe de vez para o tempo de Salazar e deixe Compostela lá sossegadinha onde está... e por falar em Compostela, não há dúvida as palavras são como as cerejas, estou a lembrar-me da visita a Santiago de Compostela num dia muito chuvoso de Junho, e frio e feio e aquela catedral enorme a engolir gente vinda de todo o mundo, os japoneses como sempre de máquina em punho, flash atrás de flash, eles querem lá saber se podem ou não, não falam galego nem querem falar se eu estivesse no lugar deles fazia o mesmo, olho para aquelas máquinas e a sua tecnologia esmaga-me e se não ponho um travão a isto já vou para outro lado, por isso travanitos a fundo.
Entro na catedral com 4 amigos, um deles está apenas ocupado em filmar, entramos nós outros (até pareço galega, porra!) na fila e toca de cumprir o cerimonial da cabeçada e eu decido fazer um sorriso para o realizador e logo um homem desata a injuriar-me porque aquele é um local sagrado e mais isto e mais aquilo, só percebo uma parte do que diz, cá para mim era catalão, se bem que este tipo de atitude não parece ser de catalão, mas não entendo a maior parte das palavras, é só por isso, pode ser que fosse outra coisa qualquer, mas fico "lixada", então nos locais sagrados não se pode, não se deve sorrir, porquê? Sorrir é uma falta de respeito? Pode ser que este texto e outros até sejam, mas a verdade é que eu respeito todas as religiões todos os credos e sobretudo todos os crentes... mas não vou deixar de sorrir porque estou na catedral de Santiago de Compostela... isso não!

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