Todas as maçãs vinham da Argentina
aninhadas em sedosos lenços lilazes,
perfume transbordando da madeira,
invadindo as brancas manhãs faceiras,
uniformemente colegiais.
Nuvens e verduras murcham agônicas
em finais de tarde sempre primaveris:
ansioso, sua uma maçã argentina na mão,
olhos empurrando os ponteiros do relógio:
aguardo meu pai na sala de visitas do hospital.
(Luiz Ruffato)
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