11 junho, 2007

Era "só" o dia de Portugal.

A máxima "Hay gobierno? Soy contra!", acompanhou-nos todo o fim de semana. Se bem que parece que a única que leva a máxima ao máximo, sou eu mesma. Entre nós estava um socialista que cita muito esta. A verdade é que se é socialista e vota PS não pode levar a máxima tão a sério quanto eu. Verdadeiramente radical, anarquista e utópica, claro... Anarquismo não é desordem, nem caos, nem desrespeito pela civilidade e pelo outro... bem pelo contrário!
Como ia dizendo, a máxima foi citada várias vezes ao longo do fim de semana. Porque se cita em castelhano e não em português? Se calhar porque o anarquismo foi levado muito mais a sério em Espanha do que entre nós. Na verdade os anarquistas em Portugal contam-se pelos dedos.
Findo o fim de semana e em plena A1, observámos tanques de guerra em direcção a norte. Bem como muitos autocarros de excursão.
Estranhámos o movimento e repetindo-se a visão de tanques de guerra na auto estrada comento eu para o meu amigo "queres ver que está em curso uma revolução, estão a retirar gente de Lisboa e nós aqui feitos parolos, não ouvimos notícias há mais de 24 horas e vamos direitinhos à boca do lobo?". Já esfregávamos as "manitas" de contentamento e antecipação quando o meu amigo fez ruir as minhas esperanças "oh pá! Nós é que bebemos demais: hoje é o 10 de Junho! Houve as paradas e foram buscar esta gente à terrinha para encher as praças de Lisboa. Visitaram a capital, distraíram-se e saiu-lhes o passeio de borla".
Desenganada e triste concordei com o meu amigo. Na verdade, o facto de 10 de Junho ter coincidido com um domingo e me ter levado à província, fez-me esquecer o dia de Portugal!

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