E porque eu não ligo nenhuma ao calendário mas faz-me falta um calor de verão. Um calor a sério, como deve ser, não esta coisa dos 20 e pico graus que mais parece uma primavera anunciada. Mal anunciada, claro.
Se me condenarem à morte e perguntarem qual o meu último desejo, direi que quero morrer de calor. Não na cadeira eléctrica, com o calor da alta voltagem mas de calor num país tropical ou próximo disso. Qualquer coisa que se situe bem perto do equador. Quem sabe em cima da linha do equador.
Seguiria pois a linha e daria a volta à terra. Falo do planeta pois claro. Quanto tempo demora percorrer a linha do equador? Um segundo ou a eternidade? E se for a eternidade? Mais vale passar o resto da vida andando sobre a linha do equador do que tentando sobreviver inverno após inverno num país que não sabe quem é e não sabe para onde vai. Por mais que o José insista que sabe. Só se ele se esqueceu de nos contar. Ou eu estava distraída a fazer barquinhos de papel e passou-me...
1 comentário:
Morei em Paço d'Arcos, da minha janela tambem se avistava o cabo Espichel, sem entraves. Mas, curioso, por vezes o ar Encontrava-se mais limpo e o cabo ganhava uma dimensão diferente e uma nitidez, que me dava a sensação de estar mais perto. Nessas alturas, conseguia ver com nitidez o mosteiro e a capelinha a Nossa Senhora do Cabo. A Nossa Senhora que protege os pescadores de Sesimbra e em honra de quem eles dedicam uma comemoração, com procissão naval. Festejos bonitos, dos quais não recordo a data, mas creio que é por Julho ou Agosto.
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