A gente pensa sempre que estas coisas não nos acontecem, nem aos amigos...Ou melhor, a gente esquece-se depois da última vez que ...Até que, inopinadamente, de novo, a gente contacta com a realidade terrível desta doença.
Eu soube-o, lendo a crónica de Eduardo Prado Coelho, também ele saído há bem pouco tempo deste túnel de que se libertou com o alívio que só os que estão nas situações sabem, crónica intitulada ," A doença", no " Público",de há dias. Dizia o Eduardo coisas do António, que são sabidas, como o seu péssimo feitio, como ficou dediludido por Saramago ter ganho o Nobel e não ele, António, como lhe dói a velhice que vai surgindo ( isto a propósito de uma rapariga que ele perseguia lhe ter dito que o via como a um pai ...), até que,no fim da crónica lá vinha: « Mas o inesperado aconteceu há pouco nas páginas da Visão. Com uma invulgar coragem, ele enviou um texto sobre o cancro que de súbito irrompeu na sua vida. Pergunta-se se não há um certo despudor em fazê-lo de uma forma tão aberta. Lembro-me que Jorge de Sena, de uma forma mais raivosa e menos exposta, fez o mesmo......Leiam-no, porque ficarão a conhecer melhor a natureza humana e as suas imensas vulnerabilidades».
Não consegui encontrar a " Visão " do dia 16 de Abril, em que António publicou a " Crónica de Hospital". Mas li, no do dia 25, as cartas que os leitores lhe enviaram a enaltecer a sua coragem.
Volta depressa, António, com o teu mau humor, a tua presença e os teus magníficos livros.
Eduardo Aleixo
Não consegui encontrar a " Visão " do dia 16 de Abril, em que António publicou a " Crónica de Hospital". Mas li, no do dia 25, as cartas que os leitores lhe enviaram a enaltecer a sua coragem.
Volta depressa, António, com o teu mau humor, a tua presença e os teus magníficos livros.
Eduardo Aleixo
1 comentário:
Que não te falte a coragem e a força para vencer a doença. Agora mostra que és mais ruim do que todos pensam, grande António! Abraço bem apertado.
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