01 maio, 2007

Bernard-Henry Levy


Está em Portugal este filósofo francês, que já esteve cá, aquando da revolução de Abril, como observador.
Homem de esquerda, amante de Tocqueville, mas principalmente de Kerouac ( Ah, minha saudosa " beat generation..." ), deu uma entrevista ao DN, de 29 de Abril, em que diz coisas com as quais me identifico. Quase todas elas se podem sintetisar na frase : " Estou farto de tanto antiamericanismo".
É verdade.
Ele não confunde o episódico Bush com a vitalidade do sistema amaricano. Democrático. Aberto. Evolutivo. Criativo.
Também concordo com ele, quando diz: " Levei tempo a apoiar Ségolène até estar certo que as suas posições não eram caprichos". Eu hoje também estou com ela. Vai ser difícil. Mas tenho confiança na sua vitória. Caso ela se verifique, seria uma desilusão profunda que Ségolène viesse a ser como os outros: políticos velhos, de uma França e Europa velhas.
Essa velhice francesa, europeia, portuguesa, é o contrário daquilo que o filósofo diz existir nos USA.: " ... possuem melhores universidades e uma discussão pública com choque de opiniões que já não existe em França, ou em Portugal, por exemplo. Há qualquer coisa de esfíngico nas nossas posições, enquanto na América dá-se uma intensa circulação de ideias e opiniões. As teses mais importantes dos últimos anos nasceram lá.".
Que lufada de ar fresco...
Eduardo Aleixo

1 comentário:

Maria Eduarda disse...

Eu também gostava de ver Ségolène na presidência. Mas sinceramente, neste momento o que penso é que ela é apenas um mal menor. Como eu gostava de ter a tua convicção Eduardo e a do Levy. Mas eu sou céptica por natureza! Oxalá seja eu quem está errada!