O meu marido é capitão. E campeão nacional de esgrima. E engenheiro civil. Deu-me algum trabalho “apanhá-lo”. Não parecia muito disposto a casar. Tive que engravidar “sem querer” porque não se decidia.
Esteve uns meses em comissão em Moçambique. Poucos. Nem deu para matar saudades do meu ex namorado. Bem sei que não é homem para casar mas pelo menos diverte-me.
O meu marido, o Carlos, é um chato. Telefonou-me há pouco para dizer que não vinha jantar, que não sabia quanto tempo ia ficar no quartel, que estavam de prevenção. A nossa filha faz amanhã 1 ano e estou mesmo a ver que ele não há-de cá estar para o aniversário. Um chato.
Não gosta da tropa. É o que ele diz. Mas fez o curso na academia militar e agora não pode sair quando lhe apetece… é o que ele diz.
Eu gosto de ser casada com um homem que é capitão, engenheiro civil e campeão de esgrima. Ainda por cima é um tipo apresentável sem ser bonito por aí além. Chateia-me que ele goste tanto da prima, mais nova que ele 8 anos. A miúda nem sequer é bonita. Tem um corpinho bem feito, é magérrima (mas ele diz que não, que não tem nenhum osso à vista) e parece inteligente. Adora discutir com ele política. Qualquer dia metem-se em apuros, com a mania dos comunismos.
Também me chateia que ele insista em levar a miúda connosco todos os fins-de-semana para a aldeia do Meco. A primeira vez que a miúda foi e nos viu ficar em pêlo, embasbacou mas não se deu por achada. O Carlos perguntou-lhe se nunca tinha visto um homem nu. Ela disse que estava farta de ver homens nus em Angola, no meio do mato. E despiu-se como nós. Nessa noite o Carlos fez amor comigo de uma maneira diferente. Tenho a certeza que estava a pensar nela. A miúda excita-o. Não faz mal enquanto for eu a ganhar com isso.
Agora estou chateada com isto de ele não vir jantar e não saber se amanhã vem ao aniversário da menina. Bem sei que ela não percebe, é muito pequenina, mas para mim é importante. Vem a família dele que não parece gostar muito de mim e eu tenho que fazer os possíveis por os conquistar. Não são ricos mas vivem muito bem, não posso estar de costas voltadas para a família dele, se quero ganhar algum. Sem ele por aqui é mais complicado.
Um chato, o meu marido. A nossa filha faz 1 ano amanhã, 25 de Abril de 1974. E ele provavelmente está a arranjar desculpas para sair com a priminha… não me admirava nada. A miúda é mais descarada do que parece. Uma sonsa é o que é, debaixo daquela capa de menina tímida! Tenho que me “pôr a pau” com ela… e com ele!
Esteve uns meses em comissão em Moçambique. Poucos. Nem deu para matar saudades do meu ex namorado. Bem sei que não é homem para casar mas pelo menos diverte-me.
O meu marido, o Carlos, é um chato. Telefonou-me há pouco para dizer que não vinha jantar, que não sabia quanto tempo ia ficar no quartel, que estavam de prevenção. A nossa filha faz amanhã 1 ano e estou mesmo a ver que ele não há-de cá estar para o aniversário. Um chato.
Não gosta da tropa. É o que ele diz. Mas fez o curso na academia militar e agora não pode sair quando lhe apetece… é o que ele diz.
Eu gosto de ser casada com um homem que é capitão, engenheiro civil e campeão de esgrima. Ainda por cima é um tipo apresentável sem ser bonito por aí além. Chateia-me que ele goste tanto da prima, mais nova que ele 8 anos. A miúda nem sequer é bonita. Tem um corpinho bem feito, é magérrima (mas ele diz que não, que não tem nenhum osso à vista) e parece inteligente. Adora discutir com ele política. Qualquer dia metem-se em apuros, com a mania dos comunismos.
Também me chateia que ele insista em levar a miúda connosco todos os fins-de-semana para a aldeia do Meco. A primeira vez que a miúda foi e nos viu ficar em pêlo, embasbacou mas não se deu por achada. O Carlos perguntou-lhe se nunca tinha visto um homem nu. Ela disse que estava farta de ver homens nus em Angola, no meio do mato. E despiu-se como nós. Nessa noite o Carlos fez amor comigo de uma maneira diferente. Tenho a certeza que estava a pensar nela. A miúda excita-o. Não faz mal enquanto for eu a ganhar com isso.
Agora estou chateada com isto de ele não vir jantar e não saber se amanhã vem ao aniversário da menina. Bem sei que ela não percebe, é muito pequenina, mas para mim é importante. Vem a família dele que não parece gostar muito de mim e eu tenho que fazer os possíveis por os conquistar. Não são ricos mas vivem muito bem, não posso estar de costas voltadas para a família dele, se quero ganhar algum. Sem ele por aqui é mais complicado.
Um chato, o meu marido. A nossa filha faz 1 ano amanhã, 25 de Abril de 1974. E ele provavelmente está a arranjar desculpas para sair com a priminha… não me admirava nada. A miúda é mais descarada do que parece. Uma sonsa é o que é, debaixo daquela capa de menina tímida! Tenho que me “pôr a pau” com ela… e com ele!
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