
As flores não são tudo.
Belas, só quando e porque sorri a tua boca.
Prefiro as crianças por mais sujas.
As flores não são tudo.
Nada valem
Se for Inverno no coração dos homens.
As flores....
Quero eu abri-las
Na compreensão perfeita,
No diálogo das mãos e dos corpos sem fronteiras,
No indescritível milagre
De dois seres que comunicam
No mundo aberto,
Sincero,
Na dança liberta
Que bem-diz o acto de ter nascido,
Na serena aceitação da despedida,
Na simplicidade de te amar,
Como pão na minha boca,
Sem medo,
Sem cálculos,
Sem mapas,
Sem muros,
Sem países...
A não ser os nunca descobertos,
Que não me canso,
Deslumbrado,
De pressentir,
Enleado
No teu corpo...
Eduardo Aleixo
As flores, de facto, não são tudo!
ResponderEliminarUm belo poema, Eduardo!
Afinal, ao que parece, continuas puro, como a flor mais bela!
Não te incomodam as abelhas?
O amigo de sempre,
Fernando Fernandes